Época Negócios - Open Insurance, fase 3: como transformar o cumprimento do regulatório em um diferencial estratégico

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September 15, 2024
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Fonte: Época Negócios

As empresas que ainda não embarcaram nesta jornada devem correr não só para se adaptarem às novas exigências regulatórias, mas, sobretudo, gerar uma vantagem estratégica das evoluções implicadas ao setor como um diferencial de negócio

Por Daniel Rodrigues, Sales Manager Insurance & Health na Sensedia, multinacional brasileira especializada em APIs, que atuou como consultora de confiança na implementação do Open Finance Brasil.

Responsável por uma arrecadação acumulada de R$ 209,58 bilhões no primeiro semestre de 2024, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o setor de seguros segue uma curva de ascensão no Brasil. E a previsão é que essa tendência de crescimento se intensifique ainda mais ao longo dos próximos anos diante do avanço do Open Insurance (OpIn) no país.

Implantado em moldes similares aos do Open Banking Brasil, com quem forma o chamado sistema Open Finance, um dos principais objetivos do Open Insurance também é empoderar os usuários, e, neste momento, principalmente os segurados, acerca do uso e compartilhamento responsável de seus dados, a fim de oferecer soluções sob medida para as suas necessidades. Em paralelo a isso, o sistema ainda busca estimular o mercado a se tornar mais inovador, competitivo e democrático.

Porém, apesar das similaridades com o Open Banking, o OpIn apresenta duas grandes particularidades. A primeira delas está relacionada à vasta ramificação de sua cesta de produtos e serviços, cada qual com suas especificidades. A segunda refere-se à implementação da SPOC (Sociedade Processadora de Ordem do Cliente), que passa a atuar como um intermediário entre a seguradora e o cliente final, habilitando o corretor de seguros em um perfil ainda mais consultivo com o intuito de aprimorar a experiência do usuário.

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Agora se a complexidade da cesta de ofertas já está sendo solucionada por meio de um cronograma de implantação do OpIn por ramo de seguros, a questão da SPOC – central nesta fase 3 do sistema que começa a ser implementada – tem gerado uma discussão mais acalorada.

Isso porque como a SPOC pode ser vista apenas como um hub de ofertas, coletando e processando informações personalizadas sobre cada cliente para orientá-lo na escolha dos melhores serviços, produtos de seguros, coberturas e redes de atendimento aderentes ao seu perfil e necessidades, sua implementação exigirá dos corretores de seguros novas especializações e habilidades.

Além disso, para se tornar uma SPOC, as corretoras e/ou ITPs (Iniciadores de Transação de Pagamentos) interessados vão precisar cumprir os requisitos exigidos pela Susep, que é o órgão que regula o setor. Entre eles estão, por exemplo, capital de giro de R$ 1 milhão, estrutura de TI e segurança e já estar atendendo a fase 2 do OpIn, relacionada ao processo de compartilhamento de dados.

Diante de tais exigências, outro desafio do setor será o de habilitar o ingresso de pequenos corretores nesse novo sistema. Inclusive, uma das alternativas que vêm sendo discutidas nesse sentido é a de oferecer a esse grupo a possibilidade de se agregar a uma SPOC corporativa por meio de um modelo SaaS (Software as a Service).

Já para as seguradoras, além de atender ao regulatório e se habilitar para trabalhar com todas as SPOCs, o principal desafio reside em como transformar todo esse processo em uma oportunidade de gerar novos negócios e maximizar sua competitividade.

Afinal, para se destacar em meio à concorrência, será imperativo às seguradoras desenvolverem diferenciais estratégicos, seja com produtos e/ou serviços, tornando a jornada do consumidor final mais prática, conveniente, efetiva e até simples.

Para tanto, uma das soluções indicadas é o uso de plataformas de APIs, que implementam regras e mecanismos relacionados com as regulamentações do Open Insurance, com o objetivo de acelerar o tempo de habilitação da camada regulatória, melhorando o tempo de resposta, a quantidade de acessos simultâneos e os modelos de certificado a serem utilizados.

Com isso, as seguradoras conseguem, por exemplo, simplificar os processos de integração, garantindo a exposição dos serviços e facilitando seu consumo por aplicativos de terceiros; oferecer uma interface que permite fácil integração, tornando os ciclos de desenvolvimento mais curtos; e gerenciar e proteger dados, controle de acesso, questões de autorização e autenticação - dando tranquilidade aos reguladores, às empresas e aos seus clientes.

Fato é que o Open Insurance já caminha a passos largos para a evolução de um sistema mais digital, conectado e aberto, em total consonância com as principais tendências globais de mercado. Por isso, as empresas que ainda não embarcaram nesta jornada devem correr não só para se adaptarem às novas exigências regulatórias, mas, sobretudo, gerar uma vantagem estratégica das evoluções implicadas ao setor como um diferencial de negócio.

Por Daniel Rodrigues, Sales Manager Insurance & Health na Sensedia, multinacional brasileira especializada em APIs, que atuou como consultora de confiança na implementação do Open Finance Brasil.

Artigo originalmente publicado por Época Negócios

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