Integração de Sistemas Legados: por que apostar na composabilidade?

De acordo com informações divulgadas pelo IBGE, aproximadamente 85% das indústrias de médio e grande porte adotaram pelo menos uma tecnologia digital avançada em 2022. Neste cenário, a integração de sistemas legados continua sendo um dos principais desafios para grandes empresas que buscam modernizar suas operações. 

Esses sistemas, muitas vezes essenciais para o funcionamento do negócio, foram desenvolvidos há décadas e possuem arquiteturas complexas, o que torna sua substituição ou modernização completa desafiadora. A necessidade de garantir a continuidade nas operações e evitar interrupções críticas acaba fazendo com que muitas organizações adiem a adoção de novas tecnologias.

Contudo, a evolução da arquitetura composável oferece uma solução promissora para esses desafios. A composabilidade permite que as empresas integrem e modernizem seus sistemas legados de forma gradual, sem a necessidade de uma reestruturação completa. Ao utilizar componentes modulares e reutilizáveis, as organizações podem melhorar a eficiência de seus sistemas, se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e incorporar novas tecnologias de forma mais segura e econômica.

Neste artigo, exploraremos como a composabilidade pode transformar a integração de sistemas legados, trazendo benefícios imediatos e ajudando as empresas a construir uma base mais flexível e preparada para o futuro.

O que é composabilidade e qual a sua relação com a integração de sistemas?

A composabilidade é um conceito da arquitetura de software que se refere à capacidade de componentes individuais de um sistema serem combinados de diferentes maneiras para criar soluções mais complexas e adaptáveis.

O termo se origina da palavra “compor”, que indica a possibilidade de montar um sistema a partir de peças menores e reutilizáveis, assim como peças de Lego, que se encaixam para formar diferentes estruturas.

Na área tech, a composabilidade é aplicada no desenvolvimento de sistemas modulares, nos quais cada componente (ou serviço) opera de forma independente, mas, ao mesmo tempo, se integra com facilidade a outros.

A composabilidade é uma característica muito útil para facilitar a integração com sistemas legados, em que existe a necessidade de conectar plataformas antigas com novas soluções. Dessa forma, é possível que as empresas modernizem seus sistemas de forma gradual, adicionando novos componentes sem a necessidade de reconstruir ou substituir toda a sua infraestrutura já existente.

Veja um exemplo: um serviço de pagamento contém diversas funcionalidades relacionadas aos processos de pagamento. Este serviço é uma peça independente, que se integra facilmente com outros sistemas via APIs. Nesse cenário, pode ser integrado a diferentes sistemas de e-commerce ou plataformas de backoffice como ERPs (Enterprise Resource Planning).

Quais são os benefícios de adotar a composabilidade na modernização de sistemas legados?

Adotar a composabilidade na modernização de sistemas legados traz muitos benefícios, pois permite que as empresas transformem suas infraestruturas tecnológicas de maneira mais gradual e eficiente. Veja a seguir outras vantagens de aplicar esse conceito.

Maior agilidade na adaptação às mudanças do mercado

A composabilidade permite que empresas consigam responder mais rapidamente às mudanças do mercado por meio da integração de novos componentes ou com a substituição dos antigos sem a necessidade de reformular todo o seu sistema. Isso só é possível porque esses componentes têm interfaces comuns e padronizáveis, geralmente usando o conceito de APIs.

Assim, a modularidade facilita a adaptação rápida a novas exigências regulatórias, expectativas dos clientes ou mudanças no ambiente corporativo.

Melhor aproveitamento de tecnologias emergentes

O conceito facilita a integração de tecnologias emergentes, como IA e blockchain, em sistemas legados. O processo é feito sem a necessidade de substituir completamente a infraestrutura existente, algo que permite a experimentação e implementação de inovações com menos riscos e custos.

Possibilidade de inovação sem começar tudo do zero

Em vez de construir sistemas do zero, a composabilidade permite que as organizações incrementem suas capacidades tecnológicas — principalmente através do reúso de componentes já existentes —, o que possibilita a inovação contínua. Isso significa que novas funcionalidades podem ser introduzidas de forma gradual, garantindo que os sistemas evoluam e se adaptem ao longo do tempo.

Como a composabilidade facilita a integração de sistemas legados com novas tecnologias?

Adotando uma abordagem composável, as empresas podem, gradualmente, incorporar novas tecnologias de acesso ao ecossistema, criando pontes entre sistemas legados e modernos.

Como exemplo, os microsserviços podem ser desenvolvidos para encapsular funcionalidades específicas de um sistema legado, permitindo que essas funcionalidades sejam expostas via APIs. Dessa forma, novas aplicações ou serviços na nuvem conseguem acessar e utilizar dados e processos do sistema antigo sem a necessidade de reescrever todo o código.

Além disso, essa integração modular reduz significativamente os riscos e custos relacionados à modernização, visto que as mudanças podem ser implementadas de modo incremental e controlado. A composabilidade minimiza a interrupção das operações diárias, já que os sistemas legados continuam funcionando enquanto novas tecnologias são introduzidas.

Como resultado, pode-se ter uma atualização mais fluida e eficiente, permitindo que as empresas mantenham a continuidade dos negócios enquanto evoluem tecnologicamente para atender às novas demandas do mercado.

Como as soluções da Sensedia podem apoiar a integração de sistemas legados na sua empresa?

Se você ainda não sabe como implementar a composabilidade em sua empresa, saiba que a Sensedia oferece soluções robustas que facilitam a integração de sistemas legados com novas tecnologias, permitindo que as organizações modernizem suas operações sem sacrificar a robustez e a segurança dos sistemas existentes.

Nossas ferramentas de API Management, iPaaS (Integration Platform as a Service) e microsserviços já são projetadas para suportar a modularidade, permitindo a criação de arquiteturas modulares e flexíveis.

Com a plataforma de API Management, por exemplo, empresas podem expor funcionalidades críticas de sistemas legados por meio de APIs seguras e escaláveis, o que facilita a integração com novas aplicações e serviços na nuvem. 

O iPaaS, por sua vez, permite a orquestração de integrações complexas, conectando diferentes sistemas e fluxos de dados de maneira eficiente e centralizada. Além disso, ele também proporciona a capacidade de criar novos serviços de negócios baseados em serviços já existentes por meio do uso de conectores — seja para sistemas legados ou novos sistemas baseados em APIs e microsserviços.

Um case de sucesso é o da Pottencial, que, utilizando as soluções de API Management e microsserviços da Sensedia, conseguiu integrar sistemas legados, modernizar sua arquitetura e reduzir custos operacionais. Com essa modernização, a seguradora melhorou sua competitividade no mercado, integrando parceiros de forma mais eficiente e rápida.

Outro exemplo de sucesso é a Natura, que adotou uma estratégia de "composable business" com o apoio das APIs da Sensedia. A empresa conseguiu transformar sua arquitetura tecnológica e integrar novos sistemas de forma modular, garantindo mais flexibilidade para inovar e atender às crescentes demandas do mercado digital.

Assim, entendendo o que é composabilidade, quais são os seus benefícios e como ela facilita a integração de sistemas legados com novas tecnologias, você poderá aplicar esse conceito para tornar a sua empresa mais moderna sem a necessidade de fazer grandes mudanças na sua estrutura tecnológica.

Para saber mais sobre como a Sensedia pode transformar seus sistemas legados e impulsionar sua jornada de transformação digital com soluções inovadoras, visite nossa página de Arquitetura Ágil e Modernização de Legado.

‍