Como APIs e integrações podem impactar o segmento de saúde
Quer saber como integrações e APIs podem alavancar os negócios das empresas da área da saúde através de experiências digitais, ecossistemas de parceiros, Open Innovation e modernização de legado? Confira agora a entrevista com dois especialistas da Sensedia na área da saúde: Daniel Rodrigues (Sales Manager) e Tiago Campos (Gerente de Desenvolvimento de Negócios).
Você também pode conferir o bate-papo no formato de áudio, é só dar o play!
De forma geral, como uma estratégia baseada em APIs pode beneficiar as empresas do mercado de saúde?
Daniel: Como a maioria dos sistemas de saúde no Brasil tem mais de 20 anos - muitos deles são empresas tradicionais consagradas no mercado - com certeza vamos nos deparar com o que chamamos de monolito: sistemas construídos sobre tecnologias nas quais todas as funcionalidades estão agregadas em um único programa, um único bloco de código. Então, quando você pensa em como pode modernizar, fazer diferente, quando você olha para esse monolito, pode ter a seguinte impressão: se eu mexer nisso, alguma coisa pode parar.
Então, quando falamos de APIs, possuímos estratégias e condições de fazer o que chamamos de estrangulamento do monolito, que é expor algumas de suas partes para o mundo, sendo que ele continua nos bastidores ainda como monolito. Com o tempo, quando os clientes e parceiros começam a consumir essa nova API, passam a tirar a sobrecarga do monolito.
Com isso, podemos alterar esse trecho de código. Conseguimos, além de modernizar o legado, começar a identificar novas oportunidades de negócio, uma visão integrada da saúde, na qual ela deixa de ser um monopólio de determinadas empresas e passa a ser uma informação compartilhada com clientes, médicos e todo o ecossistema de saúde. Ou seja, democratizamos o consumo e, principalmente, as oportunidades de novos negócios.
E como as APIs e integrações contribuem com a construção ou otimização das jornadas de experiências digitais dos nossos clientes?
Tiago: Temos o case de um cliente que estava abrindo um hospital próprio. Esse projeto possibilitou unir as experiências digital e física. Vale lembrar que esse projeto se iniciou no auge da pandemia - aquele momento no qual as pessoas tinham receio até de apertar o botão do elevador por conta de contaminação.
A experiência do paciente começava em sua casa, através de um questionário respondido através do aplicativo. Esse questionário era uma pré-triagem que poderia indicar ou não a ida desse paciente fisicamente ao hospital. Lembrando que era um hospital novo, recém-construído - novo tanto para os pacientes quanto para os próprios funcionários dessa instituição.
Quando esse paciente realmente precisava de um atendimento físico, era direcionado para o hospital, contando com algumas ferramentas, como um QR Code que possibilitava abrir catracas, o mapa do hospital na tela do celular indicando o percurso que deveria seguir para um determinado atendimento.
Tudo isso era possibilitado através de APIs que ficavam rodando por trás, integrando todos os sistemas, possibilitando que tudo pudesse ser consumido na tela do celular do paciente, unindo as experiências digital e física.
Também temos algumas histórias relacionadas a uma melhor arquitetura de APIs, que possibilitou maior velocidade nos aplicativos consumidos pelos pacientes/beneficiários. Isso, inclusive, refletiu em uma melhoria da nota desses aplicativos nas lojas de apps.
Outro cliente trouxe uma melhoria da jornada, proporcionando uma jornada única através dos múltiplos canais de atendimento que disponibiliza. Era uma mesma jornada para agendamento de atendimento, segunda via de boleto, consulta ao guia médico. Tudo isso foi possibilitado através de uma correta estratégia de APIs, habilitando esses novos padrões de jornadas digitais e essa unificação de experiências.
Sobre o aspecto da inovação aberta ou, como muita gente conhece, Open Innovation, como as APIs também têm um papel fundamental nesse ponto?
Daniel: A Sensedia é uma grande referência no mercado quando falamos de regulatório, seja para Open Insurance, Open Finance e Open Health. Apesar desta última ser uma buzzword, algo que nem sempre as pessoas conseguem tangibilizar, já temos alguns insights, como o uso do protocolo FHIR, que é uma das referências mundiais do modelo de protocolo de comunicação no mercado de saúde. Somos habilitados para trabalhar com esse tipo de protocolo. Trazemos para nossos parceiros a oportunidade de inovar, de pensar fora da caixa.
Já temos clientes partindo para a estratégia de wearables, de como dispositivos embarcados ou vestidos conseguem trazer melhor qualidade de vida em uma saúde integrada. Ou seja, como os prestadores de saúde, clientes, operadores de saúde e operadores de planos de saúde conseguem trocar as informações sobre a saúde do paciente de uma forma que proporcione a saúde integrada.
Dessa forma, podemos pensar, por exemplo, na inteligência artificial como um grande acelerador, não no diagnóstico - a clínica sempre será soberana - mas para ajudar com direcionamentos: “por essas características, procure tal recomendação médica” ou “o monitoramento dos seus batimentos cardíacos indica que você está com algum problema, procure o seu cardiologista” ou “seu sono está irregular, procure uma clínica do sono”.
Esse tipo de inteligência artificial, não diagnóstica, mas orientativa, é algo que tem motivado nossos clientes e parceiros, cada vez mais, a procurar por nossa ajuda na sua implementação
E para quem quiser dar o próximo passo na utilização de APIs e integrações na área da saúde, de que formas a Sensedia ajuda as empresas em todas essas jornadas?
Tiago: Conseguimos ajudar de várias formas. A principal é por meio das próprias integrações. Quando falamos de integrações, são integrações técnicas e de negócios. O mercado de saúde é operado por diversos players e entidades, em várias camadas diferentes, formando um ecossistema bastante grande. É imprescindível o desenvolvimento de cada vez mais integrações eficientes, corretas e seguras entre todo esse ecossistema de prestação de serviços de saúde no Brasil.
Essas integrações abrem um caminho, um leque enorme de oportunidades para se trabalhar, para se melhorar, sempre visando o bem-estar e o melhor atendimento dos pacientes - a pessoa como foco principal da prestação da saúde. Isso tudo envolve uma série de questões relacionadas às APIs.
Quando falamos de APIs que vão trafegar ou organizar todas essas integrações, também estamos falando de colocar mais camadas de segurança nesse meio. Vale dizer que o assunto segurança é muito crítico quando se trata de dados de saúde, porque são dados pessoais e extremamente importantes.
Também ajudamos a trazer observabilidade total a esse fluxo de APIs e, consequentemente, a esse fluxo de dados. Essa observabilidade total também precisa estar acompanhada de uma flexibilidade, porque é um ecossistema muito grande, com uma heterogeneidade muito grande de sistemas, com a qual precisamos saber lidar.
Uma ferramenta que vai abordar essas integrações de forma flexível ajuda muito a atender todas as demandas que irão surgir em integrações com parceiros e integrações internas. Ainda vale ressaltar que é preciso uma escalabilidade com ferramentas de reúso de APIs, que possibilitam reutilizar aquilo que já foi desenvolvido, sem precisar gastar novamente com isso. Então, você consegue escalar o atendimento e o número de integrações sem ter a necessidade de custear isso novamente. Isso traz, na minha opinião, o verdadeiro conceito de escalabilidade - crescer sem aumentar tanto o seu custo.
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